O Vértice, escola da capital paulista que está no topo das melhores, o Instituto Dom Barreto, e o Colégio São Bento são privadas, oferecem poucas vagas a cada ano (no Vértice, por exemplo, são apenas 100 para todas as séries), selecionam bem os estudantes que entrarão na escola, se destacam nos resultados de muitos vestibulares. As coincidências continuam no fato de oferecem aulas em tempo integral (sete horas), valorizarem os profissionais que trabalham na escola e aplicarem inúmeras avaliações aos alunos.
Para os especialistas, os ganhos com a educação integral nessa etapa da educação básica é consenso. A coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Católica de Brasília (UCB Virtual), Olga Cristina Rocha, acredita que o tempo extra de aulas aumenta o aprendizado do adolescente. “O ensino integral faz toda a diferença se o aluno pode ter acesso, além dos conteúdos curriculares, à prática de esportes e a experiências que aumentem a cultura geral, estimulem a criatividade e o desenvolvimento de raciocínio lógico, talentos. É uma oportunidade de trabalhar o conhecimento integral do estudante”, pondera.
César Callegari, integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), diz que as atividades extracurriculares oferecidas na escola, integradas ao projeto político pedagógico do colégio, formam jovens mais capazes de enfrentar a realidade. “Não podemos oferecer uma única fonte de informações e conhecimento. Não podemos formar meninos prontos para os desafios do mundo de hoje, com um esquema escolar do século 19”, afirma.
A valorização dos profissionais que trabalham na escola – sejam professores ou funcionários – também são reconhecidos como fundamentais por quem pesquisa e propõe mudanças na educação. As campeãs do ranking no Enem 2009 contam que incentivam a especialização dos professores, bancando cursos de mestrado e doutorado de interesse dos docentes. No Vértice, a regra também vale para os funcionários e os professores ganham, em média R$ 7 mil. No Dom Barreto, há ainda uma peculiaridade: ex-alunos professores têm preferência na contratação.
Callegari acredita que o investimento nos profissionais da educação é a chave para o sucesso do processo educacional. “Se você não tem o profissional reconhecido e estimulado, não consegue bons resultados”, comenta.
Callegari acredita que o investimento nos profissionais da educação é a chave para o sucesso do processo educacional. “Se você não tem o profissional reconhecido e estimulado, não consegue bons resultados”, comenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário